A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) sofrerá mudanças significativas a partir de 24 de maio de 2025, conforme a Portaria MTE Nº 1.419, de 27 de agosto de 2024. Essas atualizações refletem uma nova abordagem para o gerenciamento proativo de riscos ocupacionais, com foco especial na inclusão de riscos psicossociais.
Essa inclusão reconhece o impacto que fatores como estresse, assédio e carga excessiva de trabalho têm na saúde mental dos empregados, afetando diretamente sua produtividade e qualidade de vida.
A NR-1 orienta as organizações a identificar, avaliar e gerenciar os riscos psicossociais com a mesma rigorosidade aplicada aos riscos físicos e químicos. Isso envolve uma análise detalhada das relações interpessoais, organização do trabalho e outros elementos que podem contribuir para um ambiente prejudicial.
Medidas preventivas, como a promoção de um ambiente saudável e suporte psicológico, são essenciais. Empresas devem desenvolver políticas que incentivem a comunicação aberta e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Para uma gestão eficaz, a norma introduz novos termos no Anexo I, definindo “riscos psicossociais” como elementos que podem afetar a saúde mental e física dos trabalhadores. A avaliação contínua dos riscos e a inclusão desses fatores no inventário de riscos são primordiais. O gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) deve ser um processo sistemático, que prioriza ações preventivas e de controle.
Além das diretrizes da NR-1, a saúde mental no ambiente de trabalho está intrinsecamente ligada a escolhas pessoais e ao estilo de vida dos trabalhadores. A vivência de virtudes, como fé, esperança e caridade, conforme discutido por filósofos como Aristóteles e São Tomás de Aquino, desempenha um papel crucial na resiliência emocional.
A prática dessas virtudes, juntamente com hábitos saudáveis como alimentação equilibrada e atividade física, pode ajudar a mitigar os riscos psicossociais, como a ansiedade e a depressão.
Métodos de identificação de riscos psicossociais incluem entrevistas, questionários, observação direta e análise de absenteísmo.
Uma vez identificados, é fundamental averiguar e controlar esses fatores por meio de políticas claras de prevenção ao assédio, programas de apoio psicológico e promoção de um ambiente organizacional positivo.
A alimentação também é um aspecto importante na saúde mental. Estudos mostram que dietas ricas em nutrientes, como proteínas e ômega-3, podem reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Assim, empresas que promovem uma nutrição adequada e oferecem programas de bem-estar contribuem significativamente para a saúde mental de seus colaboradores.
Em conclusão, as mudanças na NR-1 destacam a importância de uma abordagem integrada à saúde e segurança no trabalho, que não só considera os riscos psicossociais, mas também a necessidade de um estilo de vida equilibrado.
A colaboração entre iniciativas empresariais e escolhas individuais é essencial para criar um ambiente de trabalho mais saudável, onde os trabalhadores possam prosperar tanto pessoal quanto profissionalmente.
A vivência das virtudes e um comprometimento com a saúde mental formam a base para enfrentar os desafios do ambiente corporativo com resiliência e bem-estar.